Silver Spring, Maryland, USA ... [ANN] Para muitos adventistas do sétimo dia que fazem a jornada para a Assembleia da Associação Geral a cada cinco anos, essa é uma oportunidade há muito esperada para celebrar a cultura e valores da Igreja em escala global. Mas para milhares de delegados, é também uma maratona de votações.
Este verão, em Atlanta, Estado norte-americano da Georgia, os delegados vão examinar temas da agenda durante a próxima reunião administrativa internacional de 11 dias, incluindo a eleição da direção superior da denominação.
Eles acatarão relatórios de líderes da Igreja pelo mundo e das 13 regiões administrativas mundiais, aprovarão novos órgãos administrativos, oficiais eleitos e diretores de departamentos, proporão emendas à constituição, regimento interno e Manual da Igreja e considerarão um número de itens diversos adicionados à agenda da Comissão Executiva da Igreja.
Embora todos os 2.410 delegados votem quanto aos itens da agenda da assembleia, somente um número seleto nomeia os oficiais da Igreja.
Durante o seu primeiro dia em Atlanta, os delegados de cada uma das 13 regiões da Igreja vão se reunir e designar um determinado número dos seus membros -- geralmente cerca de 235 no total -- para a Comissão de Nomeações, de acordo com praxes estabelecidas pelas Normas Operacionais da denominação.
Os selecionados como membros do Comissão de Nomeações em seguida se reúnem para recomendar candidatos a vários funções e departamentos na sede mundial da Igreja em Silver Spring, Maryland, EUA. Qualquer candidato escolhido pela Comissão de Nomeações é imediatamente apresentado a todo o corpo de delegados, onde o voto da maioria determina se o candidato é eleito. Se ele ou ela não estiver, a Comissão de Nomeações se reunirá novamente para recomendar outra pessoa.
As mais altas posições da Igreja -- a do presidente mundial da Igreja, secretário e tesoureiro -- são as primeiras nomeações. Presidentes das regiões mundiais da Igreja são nomeados em seguida, estabelece as Normas Operacionais.
Embora os membros da Comissão de Nomeações sejam livres para recomendar a reeleição para os que já ocupam posições, também podem sugerir outros candidatos. O processo é menos simples do que eleições nacionais, mas os líderes da Igreja dizem ser assim elaborado para evitar campanhas na véspera da assembleia, com redução do tempo entre indicação e votação.
A Constituição da Igreja não estabelece especificamente a formação dos delegados, mas é esperado "e presumido" que incluirá delegados de ambos os sexos, bem como uma ampla gama de faixas etárias e nacionalidades, disse Larry Evans, subsecretário mundial da Igreja.
Os 300 membros da Comissão Executiva da Igreja, que incluem representantes de cada uma das suas 13 regiões, são automaticamente considerados delegados na Assembleia. Os 2.000 restantes e alguns delegados são escolhidos proporcionalmente, conforme descrito na Constituição da Igreja. É dada consideração a fatores tais como membresia da Igreja e o número e tamanho das entidades administrativas e instituições numa região.
Quotas mínimas também se estabelecem a fim de garantir que os leigos e outros funcionários não-administrativos estejam entre os delegados.
Embora seja impossível eliminar o que chama de "elemento humano" do processo de nomeação e votação, Lowell Cooper, vice-presidente mundial da denominação, disse que o processo não é direcionado a auto-promoção. "Não é tanto a pessoa que procura o trabalho, quanto o trabalho a procura da pessoa", o que torna o conceito da campanha eleitoral imaterial, disse Cooper.
Mesmo se um candidato em potencial tentasse influenciar votos em seu favor, Evans disse que é quase impossível determinar a votação de um delegado em todas as questões, dado o volume de itens da agenda considerada durante a Assembleia. "Em vista de que tantas coisas são votadas nas sessões, não há nenhuma maneira possível de prever cada voto ... " disse Evans.
Os delegados recebem uma agenda preparada de itens para votação, chamados de recomendações, na Assembleia. Esses itens são aprovados com antecedência pela Comissão Executiva da Igreja, um processo delineado na Constituição da Igreja e concebido para dar tempo de os líderes da Igreja estudarem as implicações de qualquer item bem antes de ser votado.
Embora os delegados individuais ainda possam "tecnicamente" adicionar ou subtrair pontos da agenda, essas novas propostas são geralmente encaminhadas a uma comissão diretiva para futura consideração, explicou ainda Evans.
"Uma vez que cada mudança requer um montante substancial de reflexão antes de ser votado, não é provável que a agenda mude na Assembleia propriamente dita", ele comentou [ANN/Elizabeth Lechleitner]