(Reflexão: Coisas para Pensar. Por Jael Eneas)
A exposição bíblica começou com uma história. Aliás, toda a Bíblia é o relato da história da graça.O pastor Matthew Bediako contou que em um distante vilarejo rural de Gana, no Oeste Africano, não havia eletricidade. Por isso, a grande diversão local era ouvir histórias.
Diante de uma fogueira em noite de lua cheia, o ex-secretário da Associação Geral, ainda criança, prestava atenção na história. O império Ashanti (1701-1896) perdeu a batalha e a tribo vencedora exigiu pesado tributo. Como parte do pagamento, eles tinham que encher um contêiner com ouro, além de entregar uma banqueta também de ouro. O fato prendia atenção do pequeno Bediako, porque era a história de sua própria origem tribal.
Após considerar a situação, a tribo decidiu não entregar nem “ouro, nem banqueta, nem coisa nenhuma”, relembrou o pastor Bediako no sermão do dia 26 de junho, primeiro sábado da 59ª. Assembleia Mundial da Igreja Adventista, em Atlanta, Geórgia, evento cujo título é “Graça no Calvário”. Isto fez com que o preço ficasse mais salgado porque os vencedores exigiam a vida de alguém da tribo perdedora.
Surge uma inquietação geral: quem seria o voluntário? De repente uma pessoa se apresenta e pede para falar: “Eu já guerreei contra os britânicos, mas, estou disposto a morrer pelo meu povo”. Antes de ser levado para o sacrifício o último pedido é feito. “Espero que a doação de minha vida seja realmente suficiente para pagar o tributo”.
Da bancada de onde os correspondentes internacionais cobrem o evento, eu observava as faces das pessoas que ouviam a ilustração. “Há dois mil anos atrás, o Rei dos reis decidiu doar Sua vida para perdoar nossos pecados”, pregava Bediako. “Aquele líder Ashanti se dedicou apenas por uma guerra, por uma tribo, mas, nosso Deus de dedicou pela causa de toda a humanidade”, enfatizou.
Eu parei de registrar o sermão para pensar no enorme sacrifício de Deus feito por mim e por você que lê esse artigo. Olhei para os colegas de redação e percebi que eles também pensavam no sermão: “nós fomos libertos do domínio do diabo, do domínio das potestades do mal. Não somos mais escravos alienados, mas, filhos de Deus”.
Difícil não parar para pensar no sofrimento de Cristo durante o trajeto do Calvário. Difícil não refletir no significado do preço pago por Deus. Difícil é ignorar que Jesus diante de tudo não abriu a boca, mas, permitiu doar-Se completamente. Não há outra atitude a não ser parar para pensar.
Um pouco antes de Wintley Phipps cantar Amazing Grace [Preciosa Graça], percebi que todos estavam pensando no que responder. Eu mesmo não me contive. Parei. De meu lugar no Geórgia Dome eu via o público de 60 mil pessoas que um dia tomaram a decisão por Cristo. Foi Ele quem me reconciliou com Deus. Foi Ele quem tomou a iniciativa de me salvar, antes mesmo de que eu decidisse por Ele.
Por isso, posso cantar pela cura, louvar pela transformação e exaltar a Deus pela graça que me ergue, salva e liberta da culpa do pecado e do temor da morte. Olhei para os lados e vi os colegas Felipe Lemos, Fabiana Bertotti e Tenison Shirai que cobrem o evento pela Divisão Sul-Americana emocionados. Percebi também emoção nos profissionais da Divisão Sul Asiática (Índia), Divisão Norte Americana (Estados Unidos e Canadá) e Divisão Euro Asiática (Moscou) que formam a bancada conosco.
A graça de Cristo nos basta! Deus seja louvado.
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